Em dezembro de 2023, foram presos os ex-prefeitos das cidades de Cantanhede, Matões do Norte e Pirapemas , além de Melissa Moura, filha do ex-prefeito de Pirapemas; e Gessivaldo Mendes, vereador de Matões de Norte.
As investigações apontam desvios de dinheiro público na locação de veículos usados por secretarias em Cantanhede, em um arrendamento de um posto de combustível em Matões do Norte e nas obras de construção de uma ponte sob um rio em Pirapemas. Estima-se que, juntos, os desvios tenham causado prejuízos de mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos.
A operação chamada de Maat (deusa egípicia da Justiça) teve origem em três investigações sobre corrupção e desvios de dinheiro. A investigação acontecia há três anos e era liderada pela Promotoria de Justiça de Cantanhede e contou com o apoio das superintendências da Capital (SPCC) e do Interior (SPCI) e o Setor de Inteligência.
Segundo o Ministério Público, os envolvidos foram denunciados associação criminosa, corrupção passiva e ativa, falsificação material e ideológica de documentos públicos e particulares, uso de documentos falsos, peculato, lavagem de capitais e fraudes em licitações.
Desvios em locação de veículos
O Ministério Público do Maranhão aponta que houveram desvios de recursos na locação de veículos usados pelas secretarias municipais de Cantanhede, cidade a 154 km de São Luís.
O contrato foi firmado com a empresa que pertencia ao empresário Tiago Robson Lima e não tinha veículos cadastrados. Segundo o MP, o ex-prefeito Marco Antônio Rodrigues, contratava motoristas e veículos por um preço abaixo do mercado.
O contrato com a empresa fraudulenta durou um ano e gerou um prejuízo de R$ 1 milhão aos cofres públicos.
Arrendamento de posto de combustível
Em Matões do Norte, cidade a 138 km de São Luís, o Ministério Público apontou desvios de dinheiro em um arrendamento de um posto de combustíveis na cidade, antes mesmo de haver uma licitação formal de fornecimento de combustível para a cidade.
O Ministério Público aponta que o mesmo posto de combustível havia sido contratado pelo Município por meio de uma licitação fraudada. Os recursos eram desviados diretamente para o ex-prefeito da cidade, Domingos Costa e houve o envolvimento do vereador Gessivaldo Mendes.